10 de junho de 2010

Yes... I survived

Olá amores, tudo bem?

Tentei escrever aqui ontem e anteontem, mas infelizmente, não deu.

Mas hoje vou falar da aventura que eu passei na segunda feira, dia 7.

"Faz tempo que eu estou (estava) devendo uma visita na casa da Luciana (2º dona do blog) e pra mãe dela. E essa visita nunca saía. Mas... eis que vem a segunda-feira, dia 7 de julho de 2010, e mesmo com alguns contratempos, essa visita finalmente sai.

A Luciana foi em um lugar na segunda de manhã, e passou aqui em casa, por causa da visita. Até aí, tudo bem. Ela passou em casa, e fomos pegar o ônibus pra ir pra casa dela. Passei a catraca antes que ela e fui sentar lááááá no 'fundão do busão'. Mas como eu não conhecia o trajeto, achei que seria normal.
O normal pra mim, que eu digo, é como quando eu pego o micro ônibus Tatuapé, que eu já conheço os motoristas e o jeito que os mesmos dessa linha dirigem, algumas vezes rápidos, outras vezes, mais lerdos que uma lesma.

Enfim... Sentamos lá no fundão...e eis que o abençoado do motorista passa por um buraco, buraco não, era uma cratera... Até me lembrou a cratera que abriu na Guatemala esses dias, por causa da chuva.
Todo mundo sabe, que o 'fundão do busão' balança mais que um carrinho de super mercado numa rua de paralelepípedo, e faz a gente sair do banco, literalmente. E foi o que aconteceu.
O ônibus passou num 'pequeno buraco' que fez a gente sair do banco. Por pouco não batemos a cabeça no teto (nossa, que viajem Silmara, rs)... Mas é serio, até doeu. Doeu porque quando você volta pro banco, que cai sentada nele, parece que amassa tudo dentro de você. Parece que tem um saco de areia de 50 kilos caindo no seu corpo. Parece que amassa seus ossos. SÉRIO.
Depois desse pulo, ele, claro, continua passando por ruas esburacadas, fazendo com que você se sinta pior ainda. Mas, que rua de São Paulo não tem buraco? Aqui, eu falo que moro na Vila Suíça. Porque parece um queijo suíço, todas as ruas esburacadas.
Pois bem, chegamos na casa da Luciana não era nem 11:00 da manhã, sãs e salvas \o/
Falei um Oi pra mãe dela, sentamos, conversamos bastante... E a Luciana precisava ir no banco, mas tava com um ar de quem tava com preguiça e não queria ir. Ela então, resolveu que iria na hora do almoço, porque possivelmente, era um horário que o banco estaria um pouco vazio.
Mas o tempo foi passando, passando, assuntos chegaram á mente, e o tempo passava... Até que deu quase 3 horas da tarde, e ela resolveu ir no banco, saímos (eu e a Lu) e fomos ao banco.
Mas imaginem assim... Uma montanha e um lago láááá embaixo, no pé da montanha, como vimos sempre em filmes e etc...Imaginem agora uma montanha MUITO³ alta. Então, agora imaginem a casa da Luciana, perto daquele laguinho lindo que tem no pé daquela montanha verde, cheia pedras e árvores, e pássaros cantando. O tempo estava frio e tinha sol. Um sol que não esquentava. Um sol forte, de você ficar com as bochechas avermelhadas, mas que você tem que usar blusa em pleno a esse solzão. Antes de sair de casa, a Lu pediu pra mãe dela dar uma graninha pra ela, nem que fosse 2 (Dois) reais. Só que a mãe dela não deu porque disse que ela ia ficar gastando com besteira, e a mãe dela também ia sair porque tinha um compromisso. Então saímos as 3 juntas. Eu e a Lu pra um lado e a mãe dela pro outro. A Luciana SÓ com a pasta com os documentos e eu SÓ com a minha carta de motorista no bolso da calça. Só, só, somente só. Enfim,
Saímos da casa dela, e fomos em direção ao banco. A pé, claro, sem problemas. Mas com uma subida de uns quase 3km. Sim, 3km de pura subida. Mas até que fomos rápidas, passos largos e precisos, chegamos no banco e ela pegou a senha pra abrir a conta. Chegamos lá era 15:15.
Tinha 5 pessoas na nossa frente, então ficamos em pé, esperando a nossa vez. E parecia que o tempo demorava a passar, porque as pessoas não saiam da mesa do atendente.
E nós ficamos em pé, e tinha, digamos, um gatinho sentado lá, também esperando, e olhava pra gente, olhava, olhava, e não disfarçava em momento algum. Até que eu perguntei pra Luciana se a gente estava cagada. Ela riu. Eu não entendi porque que ela riu. Ué, parecia. O menino não tirava os olhos da gente, e olha que não sou lá essas coisas, kkk.
A gente até olhou pra trás pra ver se não tinha entrado, quem sabe, a Angelina Jolie, ou a Megan Fox...sei lá... Estávamos encostadas no vidro da agência, de costa pros caixas eletrônicos e para a entrada do banco. Olhamos pra trás e nada.. Só tinha idoso, e uma molecada também.
Então esse 'gatinho do 18' (18 porque a senha dele era 18, rs) foi chamado e foi até a mesa do atendente. E cada vez que o atendente levantava pra tirar cópia de algum documento, ou pra sei lá o que, ele dava um jeito de olhar pra trás, pra nós. Fora que quando estava sentado, ele fazia umas manobras pra desviar o olhar dele da cabeça da moça que estava ao lado dele pra poder olhar pra gente. kkkkkk
Enfim, passou o tempo, terminou o que tinha que fazer e foi levantar pra ir embora. Ele passou por mim, me deu uma olhada com um olhar meio de 43, e claro, eu caí, o menino era bonitão mesmo. Ele passou a roleta e parou na mesa de depósito que fica na outra parte do banco. Arrumou as coisas dele, vestiu a blusa de moletom cinza, pegou a carteira e a colocou no bolso da calça, deu mais uma olhada pra trás com um ar de ‘ah, então, tchau né?', e foi embora.
Então a Luciana é chamada, fomos lá e ficamos lá conversando com o atendente, super simpático, que deu várias idéias sobre filmes, que o assunto saiu por causa de uma 'promoção' do cartão do banco. E eu perguntei pra ele se ela não ia precisar de uma declaração pra poder abrir a conta, e ele disse que não. Quando ele disse que não precisava, eu fiquei ‘P’ da vida. Porque uma semana antes, eu tinha ido no mesmo banco, em outro lugar mas mesmo banco, e a mocinha simpática que me atendeu não abriu a minha conta por causa de uma declaração que era preciso. Fiquei P da vida, por causa da moça que disse isso pra mim, ele me disse outra coisa, e fiquei mais P da vida ainda por saber dessa promoção pra cinema do banco. Eu quase enlouqueci. Só não podia abrir a conta lá naquele momento, porque não estava com o comprovante de residência. Porque com o RG e CPF eu estava. Enfim.. ela abriu a conta. \o/
Mas o atendente disse que pra poder ativar a conta, ela tinha que fazer um depósito de no mínimo 2 (DOOOOIS) reais. Ela ainda perguntou pra ele: Quando? Hoje?
E ele respondeu: Sim, Hoje. Agora. Você vai lá fora e pede pro moço te ajudar lá, se você não souber. Eu olhei pra ela, ela olhou pra mim e levantamos e fomos lá fora.
Chegando lá, ela disse: E agora? Vou ter que ir lá em casa, pegar o dinheiro e voltar? Eu disse: Não conte comigo. Ficarei aqui te esperando. kkkk. Mas brincando, é óbvio.
Fomos na esquina, e tentamos ligar pra casa dela, pra saber se a mãe dela já tinha voltado, ligamos, ligamos, ligamos e nada... Nisso, olhamos pro relógio e já era 15:30. E os bancos fecham as 16:00.
E ela desesperada e eu falando, vamos na sua casa pegar e depois a gente volta. E a gente quase derretendo. O sol parecia ter ficado muito mais quente em questão de milésimos de segundos. Ela ficou vermelha de um segundo pro outro. Comecei a perguntar pra ela: Não tem ninguém aqui perto, que você conhece, que trabalhe aqui, pra você pegar os 2 reais e depois vc dá? Ela respondeu: Pior que não.
Olhei pra trás e tinha uma banca de jornal, e como sei que ela vive em bancas comprando revista... perguntei: E o carinha da Banca? Te conhece? Ela: Não, ele não.

Aí todo o nervosismo virou motivo de piada. Comecei a falar pra ela: Ah, vamos fazer malabarismo no farol, vamos lá. Ai a gente passa de carro em carro, até conseguir 2 reais. Kkkkkk

Surgiu outra idéia... Vamos vender seu relógio, por R$2,00. É o que dá pra fazer ué.

Fomos andando, pensando em encontrar alguém pra pegar o dinheiro emprestado. Até falei pra ela: Vamos volta no banco, e como pegamos amizade com o moço, a gente pede o dinheiro pra ele e depois você volta lá pra devolver. Kkkkkk

Ela disse: Só você pra ter umas idéias doidas assim.

Enfim, fomos andando com a esperança de encontrar alguém conhecido na rua. Paramos em outro telefone público e ligamos pra casa dela, e nada da mãe dela.

Depois disso, só lembro que descemos a ‘montanha’ tão rápido, que parecia que estávamos num carro desgovernado, sem freio, sem nada. Até brinquei com ela: Chama o Edward e o Jake, pra levar a gente. Kkkkkkk

Aquele calor que não era de calor, foi incomodando a gente, eu estava de blusa e ela não. Já tinha tirado a blusa no banco, mas ai na descida, no corre corre, coloquei a blusa nas costas, fingi ser o super homem e comecei a cantar a música tema. Ela olhou pra mim e disse: Nem começa, se não eu pulo nas suas costas e quero ver o que você faz.

Chegamos na casa dela e entramos correndo, fui direto pro banheiro e ela foi pegar o dinheiro, pegar o bilhete único dela, berrei do banheiro pra ela pegar o meu mesmo não sabendo o que ela ia fazer.

Porque só podíamos pegar o ônibus que passa em frente ao banco lá em cima. Então a gente tinha que subir tudo de novo, pegar um ônibus e descer uns 4 pontos depois.

Fomos subindo, e já era 15:48. Ela disse: Ai, não vai dar tempo, não vai dar tempo.

Ai eu vi que o caminho que estávamos fazendo agora, não era o mesmo da primeira vez. Ela disse que pra pegar um ônibus.

Mas a rua que nós íamos entrar pra pegar o ônibus era a direita. Chegando quase na esquina pra virar a direita... ela saiu correndo, e num pulo estava na esquina indo pro lado esquerdo, quando eu olhei, ela tava parada com os braços abertos na frente no ônibus, fazendo o motorista parar pra gente subir.

Tinha gente subindo ainda, mas ele, quase fechando a porta e colocando a ‘primeira’ pra atravessar a rua, se depara com a Luciana, se jogando na frente do veículo. Ele parou com tudo, abriu a porta, a gente subiu ela agradeceu. Ela passou a catraca tão rápido que eu nem sei onde foi parar a senhora que entrou na nossa frente.

O ônibus virou numa outra rua, e descemos no outro ponto. Já era quase 4 horas. E ela tremendo, rs.

Descemos, saímos em outra rua pra pegar outro ônibus, estávamos com o bilhete único mesmo né. Então eis que surge um barulho. E ela: Ai, é ele, é ele, é ele. Não era, era um caminhão. Aí veio um ônibus, não era ele. E veio outro. Entramos nele num pulo que o motorista até assusto. Sorte que estava vazio. Ficamos em pé, balançando o pé, como se isso fizesse ele ir mais rápido. Enfim, ele chegou no ponto, descemos e entramos no banco.

Eu na frente da Lu. Olhei pra todos os lados e nada do mocinho estar lá fora pra ajudar a gente. Olhei pra dentro, e o moço que atendeu a gente tava lá. Olhou pra fora, me viu e abaixou a cabeça. Levantou a cabeça rápido de novo, olhou e fez um gesto dizendo: Que foi?

Eu: Não tem ninguém aqui pra ajudar a gente. Ele: Peraí que eu vou aí. Tudo com gestos.

Então esperamos ele. Encostamos numa pilastra que tinha um ventilador na frente e eu disse: É aqui mesmo que eu vou ficar. A Luciana também encostou e ficamos lá esperando ele.

Ele saiu. Já arrumado pra ir embora. Tinha dado o horário dele.

Ele saiu de cabeça baixa, pra ninguém lá ver que ele era do banco, se não, com certeza ia pedir ajuda.

Ele disse: Vocês querem me F***** mesmo né? A gente: Não, que isso, magina.

Ele continuou: Mas o que é que houve? E olhou pra mão dela. E viu a nota de 2 reais, e disse: Não. Não acredito que vocês foram até em casa buscar o dinheiro pra depositar.

Sim. Respondemos em coro.

E ele disse: Mas vocês são doidas mesmo. É em 3 dias úteis pra fazer o depósito.

Então eu olhei pra cara dele, totalmente séria. Parecia que tinha mudado de mundo em milésimos de segundos. E seriamente disse pra ele: NÃO. Você disse, que era hoje. Só hoje.

Ele retornou a falar que tinha dito que era até 3 dias úteis.

Então, a Luciana o dispensou e disse que no outro dia voltaria pra fazer o depósito.

Mas pra que voltar no outro dia se é tudo na hora, facinho e é só depositar? Mas mesmo assim, ela voltou no outro dia e fez o depósito. Eu acho né? Nem perguntei pra ela. Kkkkkkk

E como o tempo tava passando e não queria chegar em casa tarde, como tinha dito pra minha mãe... Voltamos correndo pra casa. Mas não a pé. Voltamos de ônibus.

Sugeri pra irmos embora a pé, ela não quis. Disse que como já estava lá em cima, pegaria um ônibus e pronto.

Fomos até o ponto, esperamos o ônibus. Passou um lotado, pessoas até saindo pelo escapamento. Tempo depois, passou outro, vazio. Entramos e fomos sentar onde? LÁ NO FUNDÃO. Kkkkkkkk

E aí começou tudo de novo. Pulos e mais pulos. Chegamos na casa dela. Sentamos na cadeira da cozinha, ela foi logo enchendo dois copos de suco. Respiramos beeeeeeeeem fundo, e bebemos. Numa virada só. RS

A mãe dela tava lá, e explicamos tudo pra ela.

E a Lu, dizendo que a culpa de tudo aquilo era da mãe dela. E as duas conversando e discutindo e pedindo minha opinião, e eu recusando... Foi muito legal.

O tempo passou e eu tive que vir embora. A Lu foi me levar no ponto de ônibus e ficou lá comigo esperando. Depois de uns 30 minutos, eis que surge o ‘busão’. Desci e cheguei e casa.Yes. I survived. I am a winner, honeys. kkkk.

Entrei e falei: Oi, cheguei.

Só ouvi minha mãe, berrando lá do banheiro. Puta merda hein Silmara.

Eu pensei: Ah, puta merda naaaada. RS

E pronto. Liguei o pc, fui tomar banho, voltei pro pc, fui jantar e desde de segunda-feira tô escrevendo a história pra vocês. Só não terminei antes porque o tempo e as coisas aqui em casa estavam, e estão muito corridas.

Hoje, finalmente consegui terminar e postar aqui pra vocês darem um pouco de risada.


É isso, queridos e queridas.


Beijinhos. E na próxima, teremos uma dica de beleza super legal.

Não percam.

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